Esta é tão velhinha, não só nas suas origens, mas na leitura desta leitora:
«Cismo, por vezes, no que dirão de nós os futuros historiadores. Bastar-lhes-á uma frase para definir o homem moderno: fornicava e lia jornais.»
Camus escreveu isto, colocou o dito na voz de Jean-Baptiste Clamence, o tal do juiz-penintente d'A Queda, posicionou-o em Amesterdão, junto de um canal qualquer, com um homem qualquer - isso não é importante até porque o livro é um longo e gigantesco falso diálogo - e pronto, ficou gravado para sempre. Um dos desafios que me tenho colocado nos últimos anos, desde que li o livro, é tentar adaptar o dito à contemporaneidade. E assim, alteraria a última parte da última frase para «fornicava e lia notícias no seu iPad .» (Ou tablet, vá.)
Sunday, November 4, 2012
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