Wednesday, March 14, 2012
A postcard a day keeps the sadness away #18
Se não fosse o intuito desta série animar os meus dias, eu dissertava um pouco mais sobre este filme, tremendamente deprimente - bom, é redundante, parece-me, já que Lars von Trier é sinónimo de cenas deprimentes. Mas hoje não, porque se começar a dissertar sobre o filme, vou ficar ainda mais deprimida do que estou. Tive tristes notícias, ainda que não me afectem directamente e depois, claro, há que lidar diariamente com as minhas frustrações que são como bombas de estilhaços: destroem tudo o que há em volta.
Lembro-me da primeira vez que vi este filme. Ao final de 20 minutos, talvez, quando a tragédia acontece, percebi logo o que ia acontecer e desfiz-me em lágrimas. Daí até ao final do filme, acho que desidratei, porque nunca parei de chorar. Estava a viver o tormento da Selma e senti-me na obrigação de lhe dar a mão (neste caso, atenção) até ao final do filme, que corresponde também ao seu próprio fim. Daí o choro contínuo: alguém tinha de a chorar, mais não fosse pela nobreza da sua atitude incompreendida.
Ainda assim, há que dizê-lo: embora o núcleo da narrativa seja doloroso, o final é redentor. E isso já é animador.
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