Numa amena noite de Maio, passava no ecrã de uma certa rua conimbricense um tal filme japonês. Finalmente, cerca de seis anos após o lançamento do filme em Portugal, e após o seu postal promocional enigmático ter chegado às minhas mãos, finalmente assistia a Dolls. Foi este um dos primeiros exemplares da minha pequena colecção de postais gratuitos de filmes.
Um casal surge representado na imagem, ambos vestidos com trajes flutuantes e caminhando num bosque outonal. Pisam folhas de tons alaranjados flamejantes e o seu semblante é triste. No topo, aquela palavra que assumia contornos misteriosos quando combinada com a imagem: Dolls.
Fiquei com curiosidade de saber do que se tratava. Anos mais tarde, o filme chegou às minhas mãos pela mão de mais uma pequena coincidência, junto de outros filmes orientais seleccionados por uma amizade recente. O espanto é visível no meu sorriso. É chegada a hora.
Sento confortavelmente no sofá, encostada aos almofadões, taça de chá verde na mão. Os sons iniciais dos créditos aparecem. Silêncio, que se vai assistir a bom cinema.
Tuesday, July 7, 2009
No dia em que perdi parte de mim
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