Sunday, November 10, 2013

Sem número, número 18

Os domingos são os dias mais difíceis. Aos domingos contam-se os dias em falta até ao final do mês de Novembro. Quantas segundas-feiras existem ainda. Quantos dias úteis falta sofrer até que Dezembro chegue.

Os domingos nem sempre foram assim. Mas uma pessoa tem de se adaptar para evoluir. O único obstáculo é que é difícil a adaptação a uma situação à qual ainda não nos podemos adaptar porque ainda não existe de facto.

E perdida em cálculos e previsões, concluo: o valor de uma pessoa não é o conjunto de todas as suas partes; o valor de uma pessoa tem de ser traduzível numa unidade monetária. Contudo, no final, uma pessoa não vale nada: sendo substituível, perde qualquer importância que possa ter. Como pratos, talheres ou copos descartáveis. E faz sentido: quem se há-de afeiçoar, ou sequer dar importância, a um copo de plástico, sujo, quando tem mais 15 prontos a usar?

Posto isto, sinto-me apta a reformular a Lei de Lavoisier: na realidade, nada se perde, porque nada importa.

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