Sunday, October 18, 2009

Algures entre o Oriente e o Ocidente, a meio está Roma

Não sou fã tremenda de Roma. A Roma que visitei não é igual à Roma de Fellini. E por isso, Roma não me diz muito. Porque não é a Roma de Fellini.

A Roma de Fellini é a Cidade Eterna, cidade das ilusões, onde os seus habitantes se entregam à busca pelos prazeres efémeros, da comida e do sexo. Talvez porque saibam que Roma é eterna e que quando morrerem, ela continuará a existir. Porque Roma basta-se a si própria. A sua herança, a sua memória basta-lhe. E, ainda que decadente, ou suja, ou somente velha, Roma continuará a viver, a respirar, mesmo quando todos deixarmos de ser.

Com um grupo de motociclistas, percorremos Roma. Partindo de Castel Sant’Angelo, passando por Piazza Navona, Piazza di Spagna, até ao Coliseu, Roma surge aos nossos olhos, a grande velocidade, num belíssimo jogo de luzes e sombras. Esta será, porventura, a Roma que todos conhecemos. Mas é, acima de tudo, a Roma de Fellini.

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