Muita saúdinha para os senhores da Marvel, é o que lhes desejo. Uma taça de tinto e uma receita deliciosa juntamente com isto = remédio santo para dias em que o cérebro entra em sobrecarga depois de uma semana passada em cima de uns saltos altos. Uma Awesome Mix Vol.1 por dia nem sabe o bem que lhe fazia.
Thursday, December 18, 2014
Thursday, November 6, 2014
Sem número, número 28
Pensando em canções que devem ser (mandatory) cantadas em karaokes, por pessoas com um elevado teor alcoólico no sangue, lembrei-me disto. E depois tive medo, porque nunca pensei que a lycra pudesse ter integrado a moda masculina fora da actividade desportiva. Oh dear.
Sunday, November 2, 2014
Sem número, número 27
Quando em Firenze, nas primeiras semanas ouvia-se muito rádio, tentando compreender que música se escutaria por aquelas terras. Numa das estações, todas as manhãs eram inauguradas com um rol de músicas em que o amor era um lamento e os corações irremediavelmente partidos, para nunca mais se esquecer. Uma coisa mais ou menos assim:
Friday, October 10, 2014
Sabes que a semana foi uma merda mas...
... ainda há salvação porque, apesar das dores da velhice:
1. Existem farmacêuticas e a droga que produzem é legal e acessível;
2. Há terapeutas que são qual anjos de salvação e cujas mãos fazem maravilhas;
3. É sexta-feira (!!!) e amanhã é sábado e não se trabalha e pode-se dormir e pode-se ir à cabeleireira, esteticista e outras coisas não fundamentais para sobreviver, mas que fazem bem à alma.
1. Existem farmacêuticas e a droga que produzem é legal e acessível;
2. Há terapeutas que são qual anjos de salvação e cujas mãos fazem maravilhas;
3. É sexta-feira (!!!) e amanhã é sábado e não se trabalha e pode-se dormir e pode-se ir à cabeleireira, esteticista e outras coisas não fundamentais para sobreviver, mas que fazem bem à alma.
Thursday, October 9, 2014
Friday, September 26, 2014
Sabes que foi uma semana boa porque...
... todos os dias tiveste tarefas/compromissos a cumprir. A vida não se faz apenas de momentos bons (isso é só para os privilegiados), mas o importante é avançar, deixar para trás a tristeza e a mágoa. Correr, sentir o vento na cara, dormir numa cama com lençóis lavados*, cozinhar algo delicioso para o jantar, ler um bom livro, podem parecer pequenas tarefas, pequenas coisas, mas os dias constroem-se através de pequenas peças. Se o demónio está nos detalhes, também a felicidade reside nos pormenores, nas pequenas coisas.
Claro que há dias maus, dias de merda, ou apenas dias em que a maior parte do tempo se passa em sofrimento ou imersa em tristeza. Mas é graças a esses dias que, quando o equilíbrio é reestabelecido, a felicidade regressa e a serenidade se impõe.
A solidão não é uma tragédia. A solidão é uma necessidade. Não conheces outro lugar onde seja possível encontrar-te senão aí. Mas isso não significa que estejas só: a família que te caiu na rifa até é catita e os poucos amigos que tens são de superior qualidade. De tal forma que, se fossem restaurantes, facilmente lhes atribuiriam três estrelas Michelin.
Se isso não é ser afortunado, então não sabes o que poderá ser.
Claro que há dias maus, dias de merda, ou apenas dias em que a maior parte do tempo se passa em sofrimento ou imersa em tristeza. Mas é graças a esses dias que, quando o equilíbrio é reestabelecido, a felicidade regressa e a serenidade se impõe.
A solidão não é uma tragédia. A solidão é uma necessidade. Não conheces outro lugar onde seja possível encontrar-te senão aí. Mas isso não significa que estejas só: a família que te caiu na rifa até é catita e os poucos amigos que tens são de superior qualidade. De tal forma que, se fossem restaurantes, facilmente lhes atribuiriam três estrelas Michelin.
Se isso não é ser afortunado, então não sabes o que poderá ser.
Tuesday, September 23, 2014
Sabes que no fundo às vezes o melhor era mesmo...
... hibernar durante algum tempo, fazer uma dieta que excluísse pessoas, tendo sempre em mente que em relação a estas nunca se deve criar expectativas. Nunca se deve confiar nas pessoas e ainda menos acreditar nelas. E esta é uma lição que já deveria ter aprendido há muito. Assim tipo, desde que li A Queda (Albert Camus) - obra também conhecida como «Manual para aprender a não confiar na espécie humana» (pelo menos do modo como a vejo).
Friday, September 19, 2014
Sem número, número 25
Pequenos passos podem conduzir a uma longa e feliz caminhada. E nunca uma cantiga me fez sentir tão feliz.*
*Nem sempre se percebe a dimensão do puzzle, mas é sempre bom quando se consegue encaixar mais uma peça, por mais insignificante que possa ser ou parecer.
Friday, September 12, 2014
Frase do Dia #55
Iniciando a leitura do primeiro autor seleccionado por André Breton para integrar a magnífica Anthology of Black Humour, eis que surge o mais perfeito silogismo sobre a natureza humana:
«No man will take counsel, but every man will take money: therefore money is better than counsel.»
Considerações da pena do ilustre Jonathan Swift.
«No man will take counsel, but every man will take money: therefore money is better than counsel.»
Considerações da pena do ilustre Jonathan Swift.
Thursday, September 11, 2014
Sabes que tudo vale a pena quando...
... Sendo os motivos propícios à depressão, dás por ti rodeada de pessoas fantásticas e num lugar onde, apesar de tudo, há ainda um ou dois aspectos (muito) positivos que compensam os desgostos. E que, apesar da aleatoriedade de vida, até tiveste sorte no que te saiu na rifa. And then, it's just like Monty Python said: «Always look at the bright side of life. (And whistle.)»
Tuesday, September 2, 2014
Sem número, número 24
Há quase década e meia acreditava firmemente que existia um Nino Quincampoix do outro lado da rua, noutra cidade, noutro país (noutro planeta, até), talhado perfeitamente para mim. Hoje em dia já me contento em saber valsar ou apenas dançar uma mazurca.
Monday, September 1, 2014
Sem número, número 23
Porque é que os dias, mesmo que se iniciem com Monty Python, terminam inevitavelmente com Bohumil Hrabal?
Thursday, August 28, 2014
Sem número, número 22
Duvido que Wristcutters, um filme indie como se quer, tenha sido muito badalado na altura em que saiu. Tenho-o como referência [mas a mim ninguém me tem como referência (e ainda bem)], porque quando nos sentimos a atingir o fundo do poço, o importante é whatever works.
A cena de abertura é ao som de Tom Waits, que infelizmente poucos dos que conheço tiveram a oportunidade de ver ao vivo. E o facto de o filme incluir o senhor Waits reconforta-me. E era isso.
A cena de abertura é ao som de Tom Waits, que infelizmente poucos dos que conheço tiveram a oportunidade de ver ao vivo. E o facto de o filme incluir o senhor Waits reconforta-me. E era isso.
Monday, August 25, 2014
Sem número, número 21
A minha reacção perante atitudes infantis ou quando me fazem perguntas estúpidas:
Expect me dressed like this next Halloween. -.-
Expect me dressed like this next Halloween. -.-
Monday, August 18, 2014
Who are you, people?
Quem são estas pessoas que continuam a vir parar a este blogue, oriundas de locais onde nunca estive, não sei se alguma vez estarei ou desejarei estar? Porquê??? Why??? Warum???
Monday, July 7, 2014
Sem número, número 20
O efeito borboleta deve ser isto: três fuselagens gigantes destinadas à montagem de Boeing's 747 caem ao rio no estado de Montana, nos EUA, e uma moça numa pequena localidade portuguesa fica com a cabeça em água.
Friday, May 2, 2014
Livros extraordinários #1
Directamente da série «Capas espectaculares, brutais e cenas assim», a capa original de O Vampiro de Curitiba, de Dalton Trevisan. Corresponde perfeitamente ao conteúdo, ao «pintas» que é o Nelsinho.
Thursday, March 27, 2014
Frase do Dia #54
Há cerca de 17 anos (quando é que eu passei a contar números de dois dígitos para me recordar de factos passados?), por ocasião de um aniversário (acho eu) ofereceram-me um exemplar do OK Computer (Radiohead, pois claro). Até ao presente dia, este deve ser ainda o CD com mais quilometragem que possuo, tantas foram as vezes que girou no leitor. No interior da caixinha de plástico, vim a descobrir um dia um booklet ilustrado que dizia, entre outras coisas, o seguinte:
Não sei explicar porquê, mas ao ler ou recordar esta frase específica, penso em «Airbag», a primeira canção do álbum, e sinto-me satisfeita. São cenas.
Monday, March 24, 2014
A postcard a day keeps the sadness away #26
Thursday, February 6, 2014
Sem número, número 19
Já se perdeu a conta aos dias cinzentos de chuva, aos dias encerrados em casa, diante de um computador e livros. O isolamento constrói-se e, ao sair à rua, forçada pelos compromissos médicos, compreende-se finalmente o tamanho da solidão. É um luxo não se ser forçado a conviver com desconhecidos. Ao entrar no táxi compreende-se a importância de se estar só, distante das ruas, do metro, dos autocarros, dos balcões de atendimento. Durante um quarto de hora - oh, e entrara-se no táxi pensando poder contornar as distâncias e o tempo - o homem fala, fala, fala, queixa-se, brada contra todas as entidades de esquerda, contra o sistema político, pragueja e insulta violentamente, fazendo estremecer o passageiro. E os semáforos que insistem em ficar vermelhos, que permanecem assim durante minutos a fio, e a ânsia pelo verde, a ânsia de chegar, de poder sair dali e não ouvir mais aquele homem. «Cale-se», grita mentalmente. «Deixe-me», desejando o silêncio, que é mais valioso do que ouro e todas as pedras precisosas do mundo. No final, perante a ausência de reacção, pergunta se já terminei o meu curso, se trabalho. Digo-lhe que não. Espanta-se. «Como não trabalha?» Chegamos, finalmente. E saio, pago, deixo alguns cêntimos a mais: a vontade de sair dali não tem preço.
Monday, February 3, 2014
Sabes que não estás assim tão velha e acabada porque...
... É de madrugada e, tendo um projecto em mãos, sentes-te ainda motivada e desperta para continuar. Quebraste antes do jantar, mas a partir daí foi sempre a aviar e olhas para a lista de tarefas, de textos a escrever e cenas para apontar e fazer e decides-te a tratar ainda mais alguns assuntos antes de ir dormir, porque te dá para rabiscar e escrevinhar. É mais ou menos (menos, oh, muito menos) como quando, durante alguns meses, fazias uma directa semanal e tinhas tantas responsabilidades em mãos que chegavas a trabalhar das 22.00 às 2.00 e a levantares-te às 6.30 para escrever, sentindo-te fresca como uma alface e cheia de ideias e das palavras certas para transpor para o papel. «A fervilhar», seria a expressão correcta para descrever o que sentias. E sentias o que sentias, porque não tinhas uma gota de respeito pelas pessoas que insistiam em ser parvas e desvalorizavam o teu trabalho.
E eis que, finalmente, cinco anos depois (já passou tanto tempo?), sentes algo semelhante e sentes-te bem (vá, exceptuem-se as dores nas costas, no rabo e o cansaço nas pernas), porque não há ninguém que te possa fazer sentir uma incompetente, ou simplesmente mal por seres uma Wikipedia tonta com braços e pernas e muita informação inútil. That's it.
E eis que, finalmente, cinco anos depois (já passou tanto tempo?), sentes algo semelhante e sentes-te bem (vá, exceptuem-se as dores nas costas, no rabo e o cansaço nas pernas), porque não há ninguém que te possa fazer sentir uma incompetente, ou simplesmente mal por seres uma Wikipedia tonta com braços e pernas e muita informação inútil. That's it.
Monday, January 20, 2014
Frase do Dia #53
2013 foi um ano muito produtivo em posts. Foi uma alegria e bati o record do ano anterior. Por isso, nada melhor do que «contar» uma das milhentas frases do dia que uma pessoa podia botar aqui, retirada directamente de um dos livrinhos de David Markson, neste caso, Vanishing Point:
«William Faulkner once allowed himself to be interviewed on radio during a University of Virginia football game.
And was introduced as a winner of the Mobil Prize.»
Et voilá.
«William Faulkner once allowed himself to be interviewed on radio during a University of Virginia football game.
And was introduced as a winner of the Mobil Prize.»
Et voilá.
Monday, January 13, 2014
Sabes que qualquer coisa não está bem quando...
... tens de apagar itens e parte da tua formação, que custou a adquirir, do teu CV, na esperança de que alguém te dê uma oportunidade num emprego que não queres, mas que talvez seja o único que consigas.
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